Brasil nega extradição de Robinho à Itália, diz advogado da vítima

Robinho

Condenado a nove anos por estupro contra uma mulher albanesa, o ex-atacante Robinho teve pedido de extradição negado a Itália negado pelo Brasil. De acordo com informações do portal UOL Esporte, o Ministério da Justiça italiano exige que o ex-atleta cumpra sua pena no Brasil.

“A Itália pedirá que o Brasil reconheça a sentença italiana, que já foi traduzida e enviada ao país”, disse o representante do governo italiano. A Itália acredita que não será necessário abrir um novo processo penal contra Robinho na Justiça brasileira, o que poderia atrasar a punição ao ex-jogador.

O pedido de extradição feito pelo governo italiano havia sido divulgado no início de outubro, quase nove meses depois da confirmação da sentença de Robinho pela Suprema Corte do país europeu.

A negativa do ex-atacante está baseada no artigo 5º da Constituição brasileira, que proíbe a extradição de cidadãos brasileiros.

“A negação da extradição era uma das possibilidades que já havíamos considerado na Constituição brasileira. É uma decisão formalmente correta, mas em essência transformou a garantia constitucional brasileira em instrumento de impunidade, anulando a execução de uma sentença que foi devidamente apurada pela justiça italiana”, afirmou Gnocchi, em nota.

O advogado da vítima concluiu afirmando que acredita que a Constituição do Brasil deve proteger cidadãos e vítimas, e “não ser usada para distorcer seu propósito de buscar e obter a impunidade de um crime odioso”.

Em 19 de janeiro deste ano, Robinho teve a condenação confirmada pela mais alta instância da Justiça italiana. Quase um mês depois, em 16 de fevereiro, foi emitido um mandado de prisão internacional. No dia 4 de outubro, a Justiça italiana requisitou sua extradição.

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