CBF vê erro na expulsão de Kanu, além de simulação de Gabigol

Kanu deixou campo revoltado após ser expulso (Felipe Oliveira/EC Bahia)

O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme, avaliou como “exagerada” a expulsão do zagueiro Kanu, do Bahia, durante o jogo contra o Flamengo pela 6ª rodada do Brasileirão. Segundo Seneme, o atacante Gabigol, que também estava envolvido no lance, simulou um impacto mais significativo ao receber um choque de braço. Portanto, o árbitro Paulo César Zanovelli deveria ter mostrado um cartão amarelo ao jogador do Flamengo por simulação.

“Ele [Kanu] não tem nenhuma necessidade de jogar esse braço. É um risco que ele assume. Mas esse braço que ele joga não tem força suficiente para lesionar seu adversário. Foi um excesso, foi um exagero esse segundo cartão amarelo. E outro detalhe: o Gabigol, quando põe a mão na cara, é uma simulação”, disse Seneme.

Nesta terça-feira (16), a CBF divulgou um vídeo em que o presidente da Comissão de Arbitragem analisa todas as decisões controversas tomadas pelos árbitros durante os jogos da rodada do fim de semana.

A CBF anunciou que esse procedimento de análise das decisões arbitrais será adotado ao longo de todo o campeonato, visando aumentar a transparência nas partidas. O objetivo é proporcionar explicações aos torcedores sobre as razões por trás das decisões tomadas pela arbitragem. Além disso, quando houver erros cometidos pelos árbitros, Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem, irá apontá-los nos vídeos de análise. Essa iniciativa tem como propósito promover uma melhor compreensão e discussão sobre as decisões arbitrais durante o campeonato.

“Estamos pedindo para que os árbitros não caiam nessa simulação. Uma expulsão muda muito o jogo. Se eu não tenho certeza, não ajo da maneira mais rigorosa. É uma jogada que não atinge o rosto do adversário, é desproporcional essa queda. Se fosse melhor analisada, seria uma simulação de cartão amarelo. Não estamos aqui para defender árbitro”, afirmou Seneme.

A atuação do árbitro Paulo César Zanovelli no jogo foi alvo de críticas, especialmente por parte dos torcedores do Bahia. A partida foi marcada por um total de 11 cartões amarelos e dois cartões vermelhos, ambos para jogadores do Bahia. Os zagueiros Rezende e Kanu foram expulsos em um intervalo de apenas cinco minutos, após receberem dois cartões amarelos cada um.

Na súmula do jogo, o árbitro explicou as expulsões. Segundo o documento, Kanu recebeu o segundo cartão amarelo – e consequentemente, o vermelho – por “golpear seu adversário com o movimento adicional na região do peito de maneira temerária”… Já Rezende foi expulso por “aplicar um carrinho temerário em seu adversário durante a disputa da bola”.

Essas explicações fornecidas pelo árbitro na súmula visam justificar as decisões tomadas durante o jogo, embora tenham gerado controvérsias e descontentamento entre os torcedores do Bahia.



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