“Estou pagando a conta”, disse Vítor Pereira sobre trocar Corinthians pelo Flamengo

Vítor Pereira
Foto: reprodução

Vítor Pereira abordou pela primeira vez sua experiência no Brasil durante um evento em Portugal, ocorrido nesta quinta-feira, 18. O treinador comentou sobre suas passagens pelo Corinthians e Flamengo, destacando que foram períodos desgastantes. Durante uma entrevista coletiva, o português expressou que está enfrentando as consequências de ter trocado o Timão pelo Rubro-Negro.

Passei do Corinthians para o Flamengo, um clube com 40 e tal milhões de torcedores para outro clube com 50 e poucos milhões. É muito milhão junto [risos], com algumas guerras também no meio, e sinceramente não foi fácil. Também descansei muito pouco de um projeto para o outro e paguei um bocadinho a conta. Ainda estou a pagar um bocadinho a conta”, declarou. “Vou descansar, preciso de descansar. O futebol é uma paixão, mas ao mesmo tempo é uma droga. Eu hoje estou bem sem ele, estou a precisar de parar um bocadinho, mas tenho a certeza de que daqui a dois meses começo a ter dificuldade em viver sem ele. É como viver sem uma droga que não conseguimos largar. Para já estou bem, vou descansar, estar com a família e fazer coisas que já não faço há muito tempo. Depois vou ver se tenho paciência para agarrar um projeto, mas se o bom projeto não aparecer depressa, lá vou eu para mais uma aventura”, acrescentou.

Vítor Pereira assumiu o comando do Corinthians no início do ano passado e obteve como principal resultado o vice-campeonato da Copa do Brasil. Apesar do desejo dos torcedores corintianos, o treinador optou por não renovar o contrato, alegando questões pessoais relacionadas à sua sogra. Poucas semanas depois, o técnico português fechou um acordo com o Flamengo, porém sua passagem pelo clube carioca foi marcada por menos de quatro meses e resultados decepcionantes.

 “É muito desgastante porque são viagens constantes, são jogos uns atrás dos outros, de três em três dias, o campeonato é extremamente difícil. Antes de lá chegar não tinha bem a noção, ouvia dizer, mas não percebia, mas é muito difícil e muito competitivo. É sair de 30 para 15 graus, andar em viagens que são quase entre continentes. Há equipes que jogam de uma forma completamente distinta e te obrigam a se adaptar. É acabar um jogo e já me pedirem a escalação para o jogo seguinte e quem vai viajar e quem não vai viajar”, declarou.



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