Esquema no Brasileirão: Jogadores recebiam até R$ 100 mil por cartões, escanteios e pênaltis

A Operação Penalidade Máxima II, conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) nesta terça-feira, 18, tem como objetivo investigar uma organização criminosa especializada em manipulação de resultados esportivos de jogos de futebol profissional, incluindo partidas do Campeonato Brasileiro da Série A. Seis Estados estão envolvidos na ação, que inclui a realização de três mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão.

Conforme apurado pelo MPGO, o grupo criminoso aliciava jogadores profissionais de futebol oferecendo valores entre R$ 50 mil e R$ 100 mil para que cometessem eventos pré-determinados nos jogos. As manipulações envolviam cartões amarelos e vermelhos, pênaltis, número de escanteios durante a partida e até mesmo o placar de derrota de determinado time no intervalo do jogo. A investigação indica que essas práticas visavam garantir lucros em apostas realizadas em sites de casas esportivas, utilizando contas cadastradas em nome de terceiros.

De acordo com o MPGO, há suspeitas de que a organização criminosa tenha atuado em pelo menos cinco jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2022, bem como em cinco partidas de campeonatos estaduais, incluindo o Goiano, Gaúcho, Mato-Grossense e Paulista deste ano. As práticas podem ser consideradas crimes previstos na Lei nº 12.850/13, nos arts. 41-C e 41-D do Estatuto do Torcedor e no art. 1º da Lei n. 9.613/98.



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