Claro é acusada de restringir internet de jogadores de Pokémon Go

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) notificou a operadora de telecomunicação Claro sobre supostas tentativas de restringir o acesso de clientes à conexão em rede 4G durante partidas de Pokémon Go. A denúncia foi motivada por diversas reclamações de usuários sobre dificuldades para jogar o game de realidade aumentada.

Segundo informações do jornal O Globo, o órgão acredita que a empresa pratique Traffic shaping – quando a internet é bloqueada ou restrita em determinados sites ou serviços que consomem muita banda. O Marco Civil da Internet condena a prática; além disso, caso a restrição no serviço seja provada, a empresa pode sofrer processo judicial por lesão ao direito do consumidor.

As suspeitas surgiram porque clientes relataram internet muito lenta apenas para acessar o jogo, enquanto a conexão a outros sites e apps estava normal. “Isso é um indício fortíssimo de que alguma discriminação de tráfego de dados está acontecendo”, diz Rafael Zanatta, advogado e pesquisador do Idec.

“Solicitamos que a Claro dê explicações transparentes sobre a natureza do problema, evidenciando ainda que não houve violação ao Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações, ao CDC e ao Marco Civil da Internet”, completa o advogado.

Ao ser contatada, a empresa disse que não recebeu notificação sobre a carta do Idec e nega problemas para jogar Pokémon Go. “Notamos que alguns usuários tiveram dificuldades para acessar o aplicativo, após a atualização disponibilizada, no início da semana, pelo desenvolvedor do game. A empresa reforça que a questão já está solucionada e que não implementou qualquer restrição de acesso ao jogo aos seus clientes”, disse a operadora em nota.

*NM



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