O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), por meio da 10ª Câmara de Direito Criminal, decidiu manter a denúncia do caso tríplex do Guarujá, atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o juíz federal Sérgio Moro. A juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal Central havia remetido a acusação para a Justiça Federal do Paraná em abril deste ano. A defesa de Lula nega que o tríplex seja dele, mas a denúncia o acusa por falsidade ideológica e lavagem de dinheiro por ter supostamente ocultado a propriedade de imóvel no Guarujá, que foi reformado pela empresa OAS. Além de Lula, sua esposa Maria Letícia Lula da Silva, seu filho Fábio Luiz Lula da Silva e mais 13 pessoas são investigadas. De acordo com o colunista Fausto Macêdo, entre os investigados estão o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o empresário da OAS Léo Pinheiro e ex-dirigentes da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop). O Tribunal divulgou que a decisão de manter o processo no âmbito federal teve votação unânime dos desembargadores e manifestação favorável da Procuradoria de Justiça. O relator do recurso, desembargador Nuevo Campos, afirmou que “o caso aponta para a existência de robusta conexão com os fatos apurados na operação denominada ‘Lava Jato’, em trâmite perante o juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR)”, e que por isso deveria ficar na instituição.
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