MP-AL denuncia 27 pessoas investigadas na Operação Placebo

(Foto: Reprodução/TV Gazeta)

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL) divulgou nesta quarta-feira (8) que 27 pessoas investigadas na Operação Placebo, realizada em julho deste ano em Alagoas, Sergipe e na Bahia, foram denunciadas por envolvimento no esquema que desviou cerca de R$ 200 milhões dos cofres públicos.

A acusação é de organização criminosa, falsidade ideológica, fraudes societárias, falsificação de documentos públicos e privados, lavagem de bens e corrupção de agente público. As pessoas denunciadas são:

  1. Carlos Antônio Nobre e Silva (fiscal de renda);
  2. Antônio Monteiro dos Santos;
  3. Vanessa Veras Ribeiro;
  4. Arnaldo Monteiro dos Santos Filho;
  5. Jenisson Paulino da Silva Ribeiro;
  6. Márcio André de Lira;
  7. Erasmo Alves da Silva Filho;
  8. Marta Viana dos Santos;
  9. Maria Edelnice Monteiro dos Santos (foragida);
  10. Sílvia Santos Borges (foragida);
  11. Magno Viana Monteiro Santos;
  12. Auldênio Costa Aguiar;
  13. Regina Conceição dos Santos;
  14. Maria Regina dos Santos;
  15. Tatiane Iza dos Santos;
  16. Gilson da Silva Fiusa;
  17. Marcelo Oliveira de Jesus;
  18. Marcos Oliveira de Jesus;
  19. Davis Rabelo de Azevedo Freitas;
  20. Julliana Samara Valença Santos Oliveira;
  21. Ana Márcia Araújo dos Santos;
  22. Astênio Monteiro dos Santos;
  23. Genildo Reis dos Santos;
  24. Vanderlan Reis dos Santos;
  25. Robson Luiz de Oliveira Bispo;
  26. José Otacílio de Carvalho Silva;
  27. Benedito Alves dos Santos.

A reportagem tenta contato com a defesa dos acusados.

Oito pessoas chegaram a ser presas na operação realizada em julho. Os trabalhos foram comandados pelo Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Conexos (Gaesf), em parceria com as promotorias de Sergipe e Bahia.

Na denúncia, apresentada à Justiça na última terça (7), o Gaesf explica que a organização criminosa operava nos três estados, sendo formada por um auditor-fiscal, empresários, testas-de-ferro, laranjas, um ex-técnico em contabilidade, além de contadores.

O esquema foi descoberto após um ex-contador das empresas MI Farma e AM Farma ter falado sobre as fraudes.

Ao MP, ele disse como acontecia o pagamento de propina para o auditor-fiscal Carlos Antônio Nobre e Silva. O dinheiro, segundo a denúncia, era repassado por Antônio Monteiro dos Santos, Vanessa Veras Ribeiro, Marta Viana dos Santos e pelo próprio colaborador.

A investigação começou a partir daí. Nela ficou constatado que as duas empresas, com a ajuda da Ribeiro & Santos LTDA-EPP, foram criadas para sonegar tributos e enriquecer o grupo criminoso.

“(…) perpetuam-se na prática delituosa pelos denunciados através de pessoas jurídicas fraudulentas criadas exclusivamente para sonegar tributos e enriquecer o grupo criminoso em detrimento da aplicação de impostos em prol da sociedade alagoana”, diz um trecho da petição do MP.

Ainda na operação Placebo, o Gaesf apreendeu 25 carretas com medicamentos que estavam estocados nas empresas que foram alvo das investigações. Todo material foi recolhido a um depósito da Secretaria de Estado da Saúde.

De acordo com o procurador-geral de justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, o Ministério Público já pediu que a Justiça autorização para que os medicamentos sejam doados para hospitais e centros de saúde em Alagoas.

*G1



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