Advogado preso pela Faroeste repassou R$ 112,5 milhões, diz MPF

Foto: Divulgação/MPF

Documentos encontrados pela Polícia Federal durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência do advogado Márcio Duarte, preso pela Operação Faroeste, apontam para repasses suspeitos que totalizam R$ 112,5 milhões. Acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ser operador financeiro da própria sogra no esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ) – a desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, também presa -, Duarte mantinha em casa um talão de cheques do Banco Santander, com todas as folhas assinadas em nome da empresa BS Transportadora. A descoberta, de acordo com a denúncia do MPF, causou “estranhamento” aos investigadores da Faroeste.

Joia rara
Nas buscas realizadas contra Márcio Duarte, a PF achou ainda um laudo pericial de pedra preciosa de 2,31 quilos, com certificado de autenticidade, avaliada em US$ 970,2 mil. Segundo o MPF, a gema “pode estar em seu poder e servir para ocultar ativos do crime”.

Segredos do passado
Relatos feitos a juristas baianos podem melar a eventual nomeação de um dos cotados a virar desembargador no pacote de vagas abertas no TJ. O caso envolve conhecida família de empresários, cujo imóvel de alto valor foi leiloado para quitar dívidas trabalhistas. Então representante dos empresários na ação, o candidato ao TJ teria agido contra os clientes para favorecer interessados em arrematar o imóvel. Até agora, a família resiste a expor o caso, já que fecharam acordo informal para não denunciá-lo por patrocínio infiel, tido como o mais grave crime da advocacia.

Fonte: Correio



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