“Acabou aquele inferno”, diz porteiro após ficar 3 anos preso injustamente

Foto: reprodução

Após três anos de prisão baseada unicamente em um reconhecimento fotográfico, o porteiro Paulo Alberto da Silva Costa, de 36 anos, foi libertado e expressou sua felicidade com a conquista da liberdade. Ele também relatou ter sido vítima de racismo durante o processo judicial.

“Estou muito feliz de estar perto da minha família, saber que vou ver meus filhos. Acabou aquele inferno lá dentro, [que vivi] injustamente”, declarou.

Na noite de sexta-feira, 12 de maio, Paulo Alberto da Silva Costa deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, localizado em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele carregava consigo o alvará de soltura, emitido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que determinava sua liberdade.

Questionado sobre as injustiças no julgamento, e se houve racismo, Paulo respondeu: “Com certeza, sem dúvida”.

“O mais difícil foi ficar longe da minha família. Você quer mostrar que é inocente, mas não tem como. Se não fosse minha família, Deus em primeiro lugar, não sei”, disse na saída do presídio. Bastante emocionado ao lado da mãe e da irmã, o porteiro agradeceu a todos que o ajudaram.

O caso:

Paulo Alberto da Silva Costa foi preso há três anos após uma revista policial e é alvo de 62 ações penais, tendo sido condenado em 11 delas.

A única evidência que sustentou sua condenação foi o reconhecimento fotográfico. No entanto, na última quarta-feira, 10 de maio, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) afirmou que a Polícia Civil do Rio de Janeiro não apresentou outras provas que comprovassem os supostos crimes.

Apesar disso, a libertação imediata do porteiro foi determinada. No entanto, a Justiça do Rio de Janeiro levou mais de 48 horas para cumprir a decisão, o que resultou em um atraso significativo.



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