Não bastasse a rotina de luta para sobreviver dia a dia, dona Jacira Bezerra Cavalcante Lima, de 67 anos, passou por apuros enquanto tentava viajar de São Paulo para Salvador na manhã desta terça-feira (03). Paciente renal crônica, a senhora está fazendo tratamento em São Paulo, precisa passar por um procedimento de diálise peritoneal a cada 6 horas e foi impedida pela empresa Avianca de trazer o soro necessário para o tratamento para a capital baiana.
De acordo com a empresa, ela teria que pagar R$ 1600 pelo excesso de peso dos soros para poder embarcar para Salvador. Após esperar pelo gerente da Avianca, dona Jacira escutou que a empresa não poderia fazer nada e teve o relatório médico desconsiderado pela companhia, que impediu que dona Jacira pudesse viajar com o soro tão necessário para sua sobrevivência.
Como se o destrato e desrespeito com a senhora não bastasse, os funcionários da companhia ainda a obrigaram a retirar os medicamentos da bagagem, mesmo com sua dificuldade física em função do duro tratamento. Sem entender o motivo da proibição, já que sempre viajou de São Paulo para Salvador, inclusive com a própria Avianca, levando os medicamentos e apresentando o relatório médico, dona Jacira viajou sem o soro.
O descaso da Avianca só não terminou em tragédia porque a clínica Senhor do Bonfim, do hospital Sagrada Família, em Salvador, conseguiu doações do soro do qual dona Jaciara precisa diariamente, que ficou retido no aeroporto de Guarulhos, com outros pacientes renais. Ainda não se sabe o que a Avianca fez com a medicação de dona Jacira.
Nesta quarta (04), o apresentador Raimundo Varela mostrou sua revolta com o tratamento dado a dona Jacira: “Eu não viajo mais nessa empresa”, disse o apresentador, que cobrou posicionamento da companhia e da Infraero.
*Varela notícias
