Onde PT, DEM E PSDB estão juntos

CPI do Carf: governo e oposição blindam empresas, bancos e políticos
Parlamentares de PT, PSDB e DEM se unem para evitar convocações

 

Em meio a maior crise política do governo Dilma Rousseff, parlamentares do PT, do PSDB e do DEM deixaram as farpas de lado e demonstraram um espírito de união incomum para o atual momento. Foi na CPI que investiga denúncias de fraudes contra a Receita Federal cometidas por instituições bancárias e grandes empresas, com ajuda de advogados e ex-conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Por unanimidade, os parlamentares dessas legendas, e de outras, decidiram excluir do plano de trabalho do relator, João Carlos Bacelar (PR-BA), os nomes de 54 instituições bancárias e empresas, 15 agentes públicos (como ex-conselheiros do Carf), 11 intermediários (casos de advogados e representantes de empresas) e 7 atores políticos, entre os quais ex-ministros do governo Lula. Bacelar concordou em excluir essas 87 instituições – várias delas financiadoras de campanha eleitoral – e pessoas.

O argumento único de oposição e governo é que a mera citação no plano de trabalho prejudicaria as empresas, muitas delas com ações na Bolsa de Valores. Petistas e tucanos defendiam as mesmas oposições e concordavam uns com os outros.

Os parlamentares, dos dois lados, também adiaram a votação de dezenas de requerimentos de convocação de vários políticos e dirigentes de bancos e empresas, de ex-representantes do Carf, advogados e lobistas.

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CPI do Carf: governo e oposição blindam empresas, bancos e políticos

Os deputados Pedro Fernandes e João Carlos Bacelar, respectivamente presidente e relator da CPI do CARF na Câmara dos Deputados (Foto: André Coelho / Agência O Globo )
Os deputados Pedro Fernandes e João Carlos Bacelar, respectivamente presidente e relator da CPI do CARF na Câmara dos Deputados.

 



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