Frente Favela Brasil protocola no TSE registro civil para se tornar partido

A Frente Favela Brasil deu o primeiro passo para se tornar um partido político ao protocolar nesta quarta-feira (30) o pedido de registro civil no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o habilita a disputar eleições, receber uma fatia do fundo partidário e entrar no rateio de tempo de rádio e TV em campanhas eleitorais. Se a Rede Favela Brasil obtiver o registro, vai se tornar o 36º partido político brasileiro.

Além de ter de aguardar o TSE analisar a documentação de pedido de registro, a Frente Favela Brasil terá de obter o apoio de eleitores que representem, pelo menos, 0,5% dos votos válidos da última eleição para a Câmara dos Deputados.

Ou seja, para se tornar um partido e ter condições de disputar cargos eletivos, a sigla terá que coletar a assinatura de 484.173 eleitores que não tenham vínculo com legendas políticas.

A solicitação do registro contou com a presença de alguns dos futuros dirigentes e de artistas que apoiam a criação da sigla, como Rappin Hood, MV Bill e DJ Jamaica.

Os presidentes da Frente Favela Brasil, Patrícia Alencar e Wanderson Maia, chegam à seção de protocolo de partido do TSE (Foto: Vinícius Cassela, G1)Os presidentes da Frente Favela Brasil, Patrícia Alencar e Wanderson Maia, chegam à seção de protocolo de partido do TSE (Foto: Vinícius Cassela, G1)

Os presidentes da Frente Favela Brasil, Patrícia Alencar e Wanderson Maia, chegam à seção de protocolo de partido do TSE (Foto: Vinícius Cassela, G1)

A ideia de criar a Frente Favela Brasil surgiu em julho do ano passado por meio das redes sociais. De acordo com Derson Maia, um dos presidentes da legenda, o objetivo é dar voz à parte da população que é “esquecida” pela política atual.

No desenho do novo partido, Maia vai compartilhar o comando da Frente Brasil com Patrícia Alencar. Segundo os idealizadores da sigla, a divisão da presidência entre um homem e uma mulher é uma tentativa de promover a igualdade de gênero. Outros postos importantes da legenda também serão compartilhados por homens e mulheres, informaram os futuros dirigentes.

“É uma forma da gente igualar mais as decisões. As mulheres são uma força pouco ouvida no país e são as que mais entendem e têm poder de diálogo”, afirmou Patrícia Alencar, presidente do partido.

“Estamos unidos para honrar toda a luta dos nossos ancestrais, que enfrentaram duros processos e duras penas para que nós tivéssemos aqui hoje unidos com tanta garra e com tanta força, unidos aqui no tribunal eleitoral”, declarou Derson Maia após protocolar o pedido de registro.

O músico Rappin Wood brincou: “Agora, a gente vai saber o que acontece lá dentro”. Já o rapper MV Bill disse que ainda vai ser preciso percorrer um longo caminho até que o partido possa ter voz nas urnas.

“É um passo importante, mas ainda é pequeno se a gente for olhar a distância da caminhada que a gente tem ainda pela frente. Não dá pra iludir que vai ser uma luta fácil, porque não vai ser. A gente vai levar porrada o tempo inteiro, mas vai ter mão pra bater. Vamos ser questionados a todo momento, toda hora e a gente vai ter que ser muito forte”, enfatizou.

*G1



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