O Corpo de Bombeiros localizou uma vítima morta nos escombros do edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou após um incêndio no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo, na última terça-feira (1º).
De acordo com o coronel Max Mena, a perna da vítima foi localizada na área onde as buscas se concentram para encontrar um homem identificado como Ricardo Pinheiro — seu corpo permanece soterrado.
Ele estava prestes a ser resgatado pelos bombeiros quando a estrutura do prédio ruiu, na madrugada de terça. Ele vivia na ocupação de sem-teto do edifício e, segundo testemunhas sobreviventes, tinha voltado para ajudar outras vítimas.
Além de Ricardo Pinheiro, são consideradas desaparecidas outras cinco vítimas: Selma Almeida da Silva e seus dois filhos gêmeos, Welder e Wender; Eva Barbosa Lima e Walmir Sousa Santos.
Segundo os bombeiros, o corpo do 1º morador vítima da tragédia foi localizado com a ajuda de cão farejador, que na tarde de quinta 3 identificou sinais de um cadáver no setor próximo à Igreja Luterana, também atingida pelo desabamento.
Nova estratégia
Nesta quinta-feira, os bombeiros começaram a utilizar máquinas pesadas na remoção dos destroços. Duas escavadeiras, um trator e caminhões começaram a auxiliar os integrantes das equipes de resgaste, após 48 horas do desabamento do edifício.
“Informamos que completadas as 48 horas do colapso estrutural do edifício no Largo do Paissandu, o Corpo de Bombeiros já entrou com máquinas para auxiliar na remoção dos escombros. Cumpre salientar que isso não quer dizer que descartamos encontrar vítimas com vida, mesmo com as máquinas, o trabalho continuará cuidadoso”, informou a corporação, em nota divulgada no Twitter.
O protocolo internacional, em casos de desmoronamento, estipula em 1% a 3% as chances de encontrar sobreviventes após 24 horas. As chances de encontrar pessoas vivas após 48 horas são mínimas.
*Veja
