A conta de energia está mais cara, mas o risco de apagão é mínimo

Foto: reprodução

Quando o nível dos reservatórios hídricos passam a frequentar o noticiário da TV, temos certeza que o risco de racionamento de água e energia é real e iminente. Se por um lado, enfrentamos a maior crise hídrica dos últimos 91 anos. De outro lado, a infraestrutura elétrica evoluiu bastante desde 2001, quando enfrentamos o fantasma do apagão.

Assim, apesar do susto, podemos afirmar que aprendemos com nossos erros do apagão. Mas ainda sofreremos os impactos, pagaremos contas mais altas e precisaremos racionalizar o uso de água e da energia.

 

O alerta de emergência hídrica está ligado!

O Sistema Nacional de Meteorologia (SNM) emitiu em 27 de maio, alerta de emergência hídrica associado à escassez de precipitação para a região hidrográfica da Bacia do Rio Paraná. Nesse sentido, ela abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná, para o período entre junho e setembro.

É a primeira vez que o SNM emite um alerta de emergência hídrica! Afinal, foi constatado que as afluências permanecem abaixo dos valores médios históricos. De fato, trata-se dos piores montantes verificados para o Sistema Interligado Nacional (SIN) no período de setembro a maio em 91 anos da série histórica.

Ontem, os técnicos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicaram que a bacia do Rio Paraná teve a pior afluência dos últimos 50 anos no período de outubro de 2020 a maio de 2021. Segundo eles, a situação configura um risco ao atendimento eletroenergético e aos usos múltiplos devido às condições desfavoráveis de armazenamento.

Por fim, o susto veio dia 28 de maio, quando uma falha na linha de transmissão bipolo – direta, sem interferências pelo caminho – que liga a usina de Belo Monte (PA) a Estreito (SP) deixou estados de todas as regiões do país sem luz por cerca de meia hora.

No entanto, o risco de apagão é mínimo.

Apesar do sinal de alerta piscando intensamente, os especialistas afirmam que o risco de apagão é mínimo. Afinal nossa matriz elétrica evoluiu e ficou mais diversificada desde 2001. A energia das hidrelétricas que representava cerca de 90% do total, agora responde por 64% da energia gerada no país. Nesse sentido, as termelétricas construídas fornecem segurança ao sistema.  Além disso, estão previstos R$ 360 bilhões de investimentos privados para reduzir a participação hidrelétrica até 48% na próxima década.

É interessante notar a complementariedade entre as fontes de energia. Afinal, entre junho e setembro, na época de seca, é também o período que mais venta no país. O país pode expandir sua geração renovável de maneira barata, aproveitando as sinergias.

Além disso, o sistema interligado evoluiu e cresceu. Hoje o sistema elétrico conta com mais de 160 mil quilômetros de linhas de transmissão e cresce cerca de 12 mil quilômetros todos os anos. Assim, o equilíbrio entre geração e consumo nas diferentes regiões do país pode ser alcançado de forma mais eficiente e flexibilidade. Incluindo a energia importada da Argentina e Uruguai.

 

Mas a conta será cara!

O problema é que o acionamento destas térmicas custa caro, e o ônus recai sobre o consumidor na conta de energia. Durante o mês de junho, está em vigência a bandeira tarifária vermelha 2, a mais cara do sistema. A expectativa é que isto perdure até o fim do ano.

Em maio, o Brasil estava sob bandeira vermelha 1, que cobra um adicional de R$ 4,16 a cada 100 kW/h utilizados. Com a revisão da bandeira vermelha para o patamar 2, passamos a pagar R$ 6,24 a mais a cada 100 kW/h consumidos. Essa medida deve valer até o fim do ano. Os quatro primeiros meses do ano haviam sido de bandeira amarela.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o custo da energia no país chegou a 7,27% no acumulado de 12 meses até maio. Considerando a prévia da inflação, medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15). A tendência é acelerar nos próximos meses com o encarecimento da conta de luz.

Economize com energia solar distribuída.

A geração fotovoltaica distribuída segue seu crescimento em todo o país. Já são mais de 631 mil consumidores brasileiros dispersos em 5.311 municípios em todos os estados gerando sua própria energia. A capacidade instalada está próxima dos 6GW com as 496 mil instalações fotovoltaicas.

Afinal, os consumidores podem gerar sua própria energia e economizar na sua conta de luz. Além disso, ajudam a economizar o uso de água e energia hidrelétrica.

A adesão à energia solar deve avançar com a oferta de energia solar por assinatura por empresas como a SUNWISE. A SUNWISE dispõe de dezenas de fazendas solares no estado de Minas Gerais e oferece descontos na conta de energia para centenas de consumidores residenciais, comerciais e industriais.

Economias, sem investimentos, sem intervenções/obras locais, sem fidelidade ou multas contratuais. Aproveite os últimos lotes de fazendas solares disponíveis. Dessa forma, você se protege dos aumentos das bandeiras tarifárias e ainda colabora com a comunidade e com a sociedade. Tudo muito simples e fácil, afinal todo o processo é digital.

 

*DCIJornal


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