A deflação de 0,08% registrada pelo Brasil em junho foi impulsionada pelo preço de alimentos

Preço da cesta básica sobe 22% e encosta no salário mínimo
Imagem: reprodução

No mês de junho, ocorreu uma deflação no Brasil, indicando uma redução nos preços em comparação com maio. A margem oficial, medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ficou em -0,08%. Esta é a primeira vez no ano em que a aparência apresenta um resultado negativo.

A última queda na sombra foi registrada em setembro do ano passado. Além disso, o índice alcançado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em junho é o menor desde 2017, quando foi registrado -0,23%.

Esse resultado, divulgado pelo IBGE no Rio de Janeiro nesta terça-feira (11), representa o quarto mês consecutivo de enfraquecimento da borboleta. Em maio, o IPCA foi de 0,23%. No acumulado do ano, o índice soma 2,87%, enquanto nos últimos 12 meses regista-se 3,16%, abaixo dos 3,94% observados nos 12 meses anteriores.

Na comparação com maio, os principais grupos que sentiram para a borboleta negativa foram alimentação e bebidas (-0,66%) e transportes (-0,41%), com impacto de -0,14 e -0,08 ponto percentual ( pp) no índice geral, respectivamente. De acordo com o IBGE, esses grupos representam cerca de 42% do IPCA e possuem grande influência na cesta de consumo das famílias.

No grupo de alimentação e bebidas, houve uma redução nos preços da alimentação em casa (-1,07%), impulsionada pela queda nos preços do óleo de soja (-8,96%), das frutas (-3,38%) , do leite longa vida (-2,68%) e das carnes (-2,10%). Já a alimentação fora de casa teve um aumento de custo menos expressivo (0,46%) em relação ao mês anterior (0,58%).

A queda nos preços dos novos veículos (-2,76%) e usados ​​(-0,93%) foi o principal motivo para a queda dos preços no grupo de transportes. Essa tendência está relacionada à medida do governo federal para reduzir o preço dos carros novos.

No que se refere aos combustíveis, destaca-se a queda de preços (-1,85%), com reduções no óleo diesel (-6,68%), no etanol (-5,11%), no gás veicular (- 2,77%) e na gasolina (-1,14%). A gasolina, em particular, é o item de maior peso individual no IPCA, representando 4,84% do índice e animado com uma queda de -0,06 pp

Por outro lado, o grupo Habitação apresentou a maior contribuição para o aumento de preços, com uma elevação de 0,69% e impacto de 0,10 pp A energia elétrica residencial (1,43%) foi o destaque desse grupo, devido aos reajustes aplicados em quatro áreas de abrangência do índice: Belo Horizonte, Recife, Curitiba e Porto Alegre. A taxa de água e esgoto (1,69%) também sofreu impacto devido a reajustes aplicados em Belém, Curitiba, São Paulo e Aracaju.

O estudo do IPCA engloba famílias com rendimentos de um a 40 jornadas mínimas.



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