A Caixa estima a contratação de pelo menos 555 mil imóveis do Minha Casa, Minha Vida até o fim do ano, sendo 440 mil moradias com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Isso representa um aumento de 15% em relação ao ano passado.
No ano de 2022, foram contratadas 380 mil unidades habitacionais nesse programa. Até o momento, 220 milhões já foram contratadas, de acordo com o banco. Neste ano, o orçamento do FGTS destinado a bônus é de R$ 9,5 bilhões.
Na modalidade adotada para a baixa renda, a meta inicial de contratação para o ano é de 115 mil imóveis com recursos do FAR (Fundo de Arrendamento Residencial). A faixa 1 é destinada a famílias com renda bruta mensal de dois quartos mínimos (R$ 2.640). No Orçamento de 2023, estão previstos R$ 10 bilhões para esse segmento.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estabeleceu como objetivo a contratação de 2 milhões de imóveis no Minha Casa, Minha Vida até o final de seu governo, em 2026.
O relançamento do programa, em fevereiro, encontrou um desafio significativo em relação às obras atrasadas ou paralisadas de diversas moradias.
Segundo a Caixa, foram retomadas nos primeiros seis meses deste ano 13.684 unidades habitacionais que estavam com obras paradas, e outras 9.822 foram entregues.
Rodrigo Wermelinger, diretor de Habitação, afirma que o assunto é tratado como uma prioridade pelo banco e que uma solução está sendo indireta. Estima-se que cerca de 15 mil moradias estejam em processo de retomada ainda este ano.
Desde segunda-feira (3), a Caixa está recebendo propostas de empresas e entidades públicas para a faixa 1 do programa habitacional. Após avaliação dos documentos e vistoria dos terrenos para confirmar a conformidade urbanística, a instituição encaminhará os projetos para aprovação do Ministério das Cidades.
As novas condições do Minha Casa, Minha Vida entrarão em vigor na próxima sexta-feira (7), com a liberação de financiamento para imóveis de até R$ 350 mil. Esse limite se aplica a famílias com renda mensal entre R$ 4.400,01 e R$ 8.000.
O governo Lula está estudando a possibilidade de criar uma “faixa 4” do programa habitacional para atender famílias com renda mensal de até R$ 12 mil.
Questionada sobre o assunto, Inês Magalhães, vice-presidente de Habitação da Caixa e ex-ministra das Cidades no governo Dilma Rousseff (PT), destacou que é uma discussão importante e que está sendo tratada com mais intensidade.
