Aduneb: ‘Estamos aguardando sinalização do governo para sair da greve’


Foto: Divulgação/Aduneb

 

As universidades estaduais (Uneb, Uefs, Uesb, Uesc) realizaram assembleias nesta segunda-feira (3) para debater a manutenção da greve, mas a expectativa é que o movimento continue pelos próximos dias, devido a “falta de avanço nas negociações”.

A coordenadora geral da Seção Sindical dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb), Ronalda Barreto informou que “a categoria quer sair da greve, mas quer sair com ganho”, por isso aguarda sinalização do governo na concessão de direitos solicitados na pauta de reivindicações.

Das instituições, a Uesc já finalizou a reunião desta segunda, decidindo pela continuação da greve. Das quatro, somente a Uneb irá realizar assembleia na terça (4).

“Estamos lutando por direitos e autonomia da universidade. O problema é que hoje a universidade toma decisões de implantar promoções, regime de dedicação exclusiva, mas a Saeb [Secretaria de Administração do Estado da Bahia] não implanta. Nós tivemos reunião no domingo, dia 26, [com o governo], mas não houve avanço. É óbvio que a questão dos salários é importante, mas nesse momento estamos focando na questão dos direitos”, afirmou.

Apesar da ainda não ter avanço, um anúncio do governo foi comemorado pela categoria. Conforme informou Ronalda Barreto, a secretária estadual de Relações Institucionais Cibele Carvalho garantiu que, após o fim da greve, o governo pretende instalar uma mesa constante de negociações.

“O governo avançando, a gente sai da greve e negocia o restante em uma mesa de negociação. O desrespeito aos direitos deixa a categoria muito indignada. Se o governo não sinaliza pelo menos atender aos direitos, a categoria fica resistente. Nós tínhamos quatro anos protocolando as pautas de reivindicações, sem sermos atendidos. Costumo dizer que a greve é a voz do que não costumam ser ouvidos, declarou.

Demais cobranças

A coordenadora da Aduneb, ainda costa na pauta de reivindicações o reajuste salarial, que não ocorre há cinco anos, e a reposição das perdas inflacionárias, que não é negociada há quatro.

“E com isso tem a diminuição do salário, na prática, visto que, nesse tempo, aumento a contribuição do Planserv e da Previdência. Temos a diminuição dos nossos rendimentos”, lembrou.

Em uma análise geral sobre o movimento grevista, Ronalda Barreto disse que a paralisação dos docentes “oportunizou a sociedade baiana a perceber a importância das universidades para o estado”. Os docentes cruzaram os braços a partir do dia 4 de abril.

“Essa é uma questão que a gente precisa estar permanentemente discutindo, definindo políticas para o ensino superior na Bahia, definindo a integração dessas universidades nos programas de governo”, concluiu.

*Bahia.Ba



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