Além de revelar os bastidores da polêmica em torno do bloqueio do empréstimo do Banco do Brasil que seria concedido ao governo do Estado, o senador Otto Alencar se posicionou sobre a votação da admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer, que está em curso desde a manhã desta quarta-feira (2). “O Brasil não suporta um terceiro governo em quatro anos. Já tivemos um governo de Dilma, um governo de Temer e se sair vai ter um governo Maia”, avalia Otto. Ele citou a especulação em torno do voto do secretário de Desenvolvimento Urbano e deputado licenciado, Fernando Torres – a expectativa é de que ele se abstenha, o que favorece Temer. “As manifestações de Fernando Torres, que poderia se abster, ele me disse: ‘olha Otto, é um momento histórico, eu quero estar presente nesse negócio, aí pediu para sair. O Josias [Gomes] da mesma forma. O Rui liberou porque ele pediu para ser liberado, para ver qual é o clima. Ele é um homem de partido, já se reuniu com o PT, o PT vai tomar a decisão”. Sobre a posição de Torres, Otto sinalizou que podem ocorrer surpresas. “Umas [especulações] podem se concretizar, outras não. Porque na hora de chegar ao microfone, para votar fica ou sai Temer, é que o cara toma uma decisão. Eu vi o Agnaldo Ribeiro, que é hoje líder de Temer, chorar e dizer loas à presidente Dilma, e depois votar contra”, compara, citando a votação do impeachment da petista.
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