O ar do Paraíso andou mais denso na última semana. As circunstâncias que nos trouxeram a realidade que existe em todo o Estado, nos contextualizaram. Sim, amigos, a guerra de facções, tráfico e violência nos visitou, finalmente, e a sensação da morada tranquila já não é a mesma.
Coincidentemente ou não, também nesta semana, recebemos as informações do anuário brasileiro de segurança pública, colocando o Estado da Bahia como o mais violento do país, e não há como não traçar um paralelo entre os acontecimentos desta semana com esse anuário.
Não achem exagero quando trato como guerra de facções, afinal foram essas guerras que “expulsaram dos seus territórios” os criminosos que aqui se encontraram, o “Paraíso” tranquilo e seguro foi “presenteado”. E, o presente de grego que nos foi dado essa semana, nos 61 anos de emancipação política, tem remetente, e foram eleitos por nós, sim, o governo do Estado da Bahia é responsável direto pelos números que nos afligem e divulgados neste décimo sexto anuário de segurança pública, o qual nos coloca como o Estado mais violento do país, e 4 das 5 cidades mais violentas do país pertencem à Bahia.
São mais de 16 anos de administração do governo do PT na Bahia. Tempo mais do que suficiente para nos tirarmos desta colocação incômoda, e não adianta transferência de culpa para o governo federal, que antecedeu a esse, pois estamos nas piores posições e com os piores índices há muitos anos. Reflexo de uma política de não valorização dos agentes de segurança, reflexo de um governo que não priorizou educação (penúltimo lugar no Ideb 2021), um governo do Estado que confia apenas em políticas sociais rasas pelo retorno imediato que essas lhe trazem nas urnas.
A nossa bolha estourou, esta é a sensação deixada pelos fatos ocorridos esta semana em nosso Paraíso, o que diziam os números já há alguns anos sentimos na prática, foi bom enquanto durou!
Por Benedito Carvalho, leitor do Blog do Valente
