Uma tecnologia desenvolvida no Vale do Silício, nos Estados Unidos, está prestes a ser implantada nas fazendas de cacau da Bahia. A ideia é chipar cada planta, para saber ano a ano quantos frutos cada pé produz. As informações são da jornal A Tarde.
Além disso, as árvores do entorno também serão chipadas, para garantir que elas estejam vivas. Isso ajudará a combater o desmatamento, que é uma das principais ameaças ao cacaueiro.
O projeto é liderado por um grupo de pesquisadores brasileiros, incluindo o baiano Diego Alvarez, que trabalhou por anos no Vale do Silício.
“A tecnologia pode ser aplicada em qualquer tipo de lavoura”, diz Diego. “Mas começamos pelo cacau porque é um fruto com 100% de aproveitamento e tem um vasto cabedal tecnológico também na proteção ambiental.”
O custo de implantação da tecnologia é baixo, e os benefícios são enormes. Além de aumentar a produtividade, a chipagem também ajudará a melhorar a qualidade do cacau.
O projeto ainda está em fase de testes, mas já tem o apoio de produtores e pesquisadores da Bahia.
“O cacau está vivendo sua pior crise”, diz Diego. “Mas com essa tecnologia, temos a chance de mudar esse cenário.”
A previsão é que a chipagem seja implantada em massa nas fazendas de cacau da Bahia a partir de 2024.