O Dr. Fábio Quintão, coordenador médico do SAMU em Santo Antônio de Jesus, esteve em entrevista à rádio Recôncavo nesta quarta-feira (12), criticando o processo seletivo do órgão. Ele comentou que do seu ponto de vista, foi uma seleção negativa, pois tendo em vista a necessidade da oferta de um serviço de qualidade, não foi exatamente levado em consideração. O que foi feito foi um processo de seleção curricular, no entanto, há a necessidade de pontuar as diferenças das técnicas usadas nos atendimentos às vítimas em situações diversas.
“Quando a gente faz um processo seletivo para o SAMU, a gente tem uma das provas que causa exatamente a diferença para as outras provas seletivas de qualquer outra instituição, é o que a gente chama de TAF, que é o Teste de Exame Físico” explicou, ressaltando que o preparo físico contribui para o melhor atendimento aos pacientes, com a funcionalidade do uso das técnicas necessárias. “Eu acho que quem preparou o edital não se preocupou com esses três profissionais médicos que ficam aqui hoje em Santo Antônio de Jesus de plantão. Nós nunca tivemos ajuste salarial, e de repente aumenta a carga horária… !” continuou, frisando a defasagem de profissionais, pois saíram quatro profissionais e o órgão ganhou apenas um, o que compromete os atendimentos, tendo obrigatoriamente que aumentar a carga horária, o que é improvável devido às atividades que os mesmos já exercem, além de não ter como pagar essas “horas extras”.
A situação é muito complicada, dr. Fábio diz que essa seleção afetou não apenas o setor médico, mas também os serviços do condutor, técnicos de enfermagem, enfermeiros, rádio operador, “É uma pena que tenha acontecido dessa forma” ressaltou. Apesar de ter procurado justificativas para tal situação, o coordenador afirma que não recebeu resposta dos autores do edital.
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