Teto dos medicamentos não impede venda com preços abusivos, diz Idec

Paula Fróes/CORREIO

Um estudo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) indica que um aumento do teto de preços dos medicamentos não limitará aumentos abusivos no setor.

A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) anunciou que a partir de 1° de abril haverá um aumento de até 5,6% nos preços dos medicamentos. Segundo o estudo, o teto de preços atual não impede aumentos abusivos, uma vez que a diferença entre os preços dos remédios e o preço-teto é significativa.

A coordenadora do programa de saúde do Idec, Ana Carolina Navarrete, ressalta que o preço-teto distante do valor de revenda nas farmácias não cumpre sua função de limitar aumentos abusivos.

O estudo mostra que compras feitas em sites, presencialmente ou com cadastros fornecendo o número do CPF para ganhar descontos alteram o preço final.

A variação tão grande de preços no setor farmacêutico, segundo Matheus Falcão, um dos pesquisadores responsáveis pelo levantamento, é um fenômeno assustador que revela que nunca se sabe, de fato, quanto vale um produto.



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