Saúde: consulta a jato na rede pública dura 1 minuto e 4 segundos

A saúde dos brasileiros é motivo de negociação por baixo dos panos. As propinas começam em 10% e são pagas, claro, com o dinheiro de seus impostos.  Um esquema de irregularidades cobrança de propinas por parte de cooperativas médicas que atuam no estado da Bahia, entre elas a Coopermed, Cooperlife e Pró-Saúde ? as duas últimas inclusive sem autorização para funcionar ? foi revelado ontem, domingo (8) pelo Fantástico, da Rede Globo, que ocupou duas salas de um prédio comercial em Salvador e fez um repórter se passar por representante de um grupo de prefeituras. Nesse período, o jornalista recebeu várias propostas irregulares de cooperativas médicas e organizações que atuam na área da saúde. Todas as conversas foram gravadas por câmeras e microfones escondidos.

Um dos casos mostrados foi da Cooperativa Baiana de Saúde (Cooba), contratada por sete municípios baianos, entre eles Araci. O repórter pede que Cláudia Gomes, diretora da cooperativa, considere um hospital com folha salarial de R$ 500 mil e pergunta o valor total do contrato. A executiva soma a folha, os impostos e a taxa administrativa da cooperativa. Em seguida, aparece a propina incluída no cálculo: ?O contrato seria no valor de R$ 735 mil: R$ 500 mil é de folha. A gente paga a folha, o resto a gente paga de imposto e tem 7% da taxa administrativa. Desse valor aqui, se você quiser, dá para a gente botar 10% em cima de cada contrato?. Em 2012, o governo federal aplicou quase R$ 38 bilhões na saúde dos municípios brasileiros, dos quais R$ 16 bilhões em atendimento básico até o final do ano. Os recursos entram direto nas contas das prefeituras e a maioria decide usar o dinheiro na contratação de cooperativas médicas e organizações sociais, para que estas se encarreguem do serviço de saúde.(G1)

 

 

 



Veja mais notícias no blogdovalente.com.br e siga o Blog no Google Notícia