Mulher que matou o marido atropelado e gravou um vídeo confessando o crime em Ituverava (SP), passa a ser acusada por homicídio qualificado. A Justiça aceitou a denúncia contra Cláudia Aparecida Fernandes Nascimentos de 47 anos, que alegou legítima defesa. Ela atropelou o marido Adriano Joaquim Sampaio, 45 anos, no dia 28 de dezembro de 2019 na frente de sua residência, por volta das 20h40. Segundo testemunhas, Adriano tentou levantar para fugir, mas foi atingido novamente pelo carro dirigido por Cláudia. Ele ficou preso às ferragens após ser arrastado por alguns metros. A acusada gravou um vídeo em que fala do atropelamento e diz que tinha medida protetiva contra Adriano que a ameaçava constantemente de morte. “Se eu tiver que chorar eu vou chorar, porque eu amo, mas de arrependimento eu não vou chorar. Ele me fez sofrer. Matei. Matei porque ele falou que eu ia morrer”, afirma. De acordo com o G1, o juiz José Magno Loureiro Junior solicitou a certidão de antecedentes criminais dela, laudos da perícia no local do fato e no carro usado pela ré, bem como exame no corpo da vítima, imagens de câmeras de segurança e o vídeo gravado pela acusada após o crime. Cláudia está na penitenciária feminina de Guariba (SP), desde o dia do crime. Ela argumentou ser ré primária, ter residência fixa, além de problemas de saúde que a impedem de permanecer na cadeia, mas teve habeas corpus rejeitado. Para o advogado da acusada, Ravagnani Neves, ela agiu para se defender, já que era vítima de violência doméstica e só fez isso no intuito de preservar a sua vida. Ele afirmou que entrará com um novo pedido de habeas corpus junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
