Bovespa renova máxima e supera 110 mil pontos, com exterior e dados internos positivos

O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, sobe nesta quarta-feira (4), renovando máxima histórica durante o pregão. A valorização tem como pano de fundo um cenário positivo no exterior, com alta de commodities e também nos mercados de ações. Internamente, o noticiário doméstico também impulsionava compras na B3, com investidores repercutindo a divulgação de dados positivos da produção da indústria.

Às 15h56, o Ibovespa subia 1,08%, a 110.145 pontos. Veja mais cotações. Na máxima do dia, chegou a 110.279 pontos.

No dia anterior, o índice fechou praticamente estável, em alta de 0,03%, a 108.956 pontos.

Dados sobre a economia brasileira

Investidores avaliam a divulgação dos últimos dados sobre a economia, em busca de sinais de recuperação. Essas expectativas estão entre os fatores que levaram o Ibovespa à nova máxima.

Entre as notícias que estão repercutindo positivamente é o crescimento acima do esperado do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado no dia anterior, disse à Reuters Pablo Spyer, diretor da Mirae Asset. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na terça-feira (4) que a economia cresceu 0,6% entre julho e setembro sobre os três meses anteriores, acima do esperado pelo mercado. “Ajuda a consolidar a impressão dos investidores de que o país está crescendo”, afirmou Spyer.

“Ao mesmo tempo, não podemos esquecer, que, na semana passada, grandes bancos globais recomendaram em bloco o Brasil, sugerindo que os estrangeiros podem estar voltando”, comentou.

Ainda no Brasil, a produção industrial cresceu 0,8% em outubro na comparação com setembro, melhor resultado desde 2012 e acima do esperado.

Para o time da Terra Investimentos, a melhora apresentada pela produção industrial reforça o otimismo na economia interna.

“O cenário econômico brasileiro começa a traçar certa melhora, com projeções de expectativas para o PIB sendo elevadas pelo mercado, aliada a uma continuidade de inflação e taxa de juros baixas”, destacou em nota a clientes.

Negociações entre EUA e China

No cenário externo, o mercado continua acompanhando notícias sobre a possibilidade de um acordo entre China e Estados Unidos para colocar fim à guerra comercial que já se arrasta desde 2018.

Nesta quartam, estava no radar dos investidores a notícia divulgada pela Bloomberg de que os dois países se aproximam de acordo sobre tarifas a serem revertidas na fase 1 das negociações.

“As discussões estão indo muito bem e vamos ver o que acontece”, disse Trump a repórteres em uma reunião de líderes da Otan perto de Londres.

As indas e vindas sobre a possibilidade de acordo têm afetado os mercados nos últimos dias. Na terça-feira, depois de declarações de Trump sugerindo um atraso no acordo geraram pessimismo nos mercados. O presidente disse que talvez seja melhor esperar até depois da eleição presidencial norte-americana em novembro de 2020, reduzindo as esperanças de uma resolução rápida para a disputa que tem pesado sobre a economia mundial.

Fonte: G1



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