O nível da produção industrial brasileira voltou a crescer em julho, conforme a Confederação Nacional da Indústria. O desempenho do setor avançou 1,7 ponto na Sondagem Industrial, elaborado pela entidade, cravando 53,7 pontos no mês passado. Pontuação acima de 50 pontos representa crescimento. Julho foi o terceiro mês seguido de alta e o quarto do ano com resultado positivo. O nível de emprego passou de 51,5%, em junho, para 50%, mantendo-se no azul em todos os meses do ano.
A CNI avalia que estes dados sinalizam um aquecimento do setor. Para os próximos seis meses, as expectativas são positivas, com expectativa pelos empresários de aumento da demanda e das exportações. Este movimento deve gerar maior número de trabalhadores e aumento na compra de matérias-primas. “A alta utilização da capacidade instalada e a expectativa de aquecimento da demanda têm elevado a intenção de investimento”, afirma o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
Nos estoque, porém, o mês passado registrou recuo. Os níveis estão abaixo do esperado pelas empresas, o que pode levar a uma escassez maior de insumos – fenômeno enfrentado desde a reabertura das atividades na primeira onda da pandemia de Covid-19, em 2020. “Mas situação é melhor que no segundo semestre de 2020, quando a falta de insumos atingiu o ponto mais crítico”, explica o economista.
