Tomate, café e batata: itens da cesta básica sobem até 117% em um ano e comprometem mais da metade do salário mínimo

O grupo de alimentos e bebidas foi o que mais teve alta de preços nos 12 meses até abril. Dos 50 maiores aumentos, cinco são de itens considerados básicos para a sobrevivência do brasileiro.

Ir ao mercado, colocar poucas coisas no carrinho e se deparar com um preço alto no caixa se tornou uma cena comum para os brasileiros. Dos 13 itens que compõem a cesta básica nacional, 12 ficaram mais caros no acumulado dos últimos 12 meses – e levaram a cesta a custar mais de meio salário mínimo em boa parte do país.

Um dos itens dessa cesta, o tomate, é vendido hoje por um valor 117% mais alto do que em abril do ano passado, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país. O dado também apontou que a inflação de abril foi 1,73%, a maior para o mês desde 1995 e a maior variação mensal do indicador desde fevereiro de 2003, quando alcançou 2,19%.

O grupo de alimentos e bebidas foi o que mais teve alta de preços nos 12 meses até abril. Dos 50 maiores aumentos, cinco são de itens considerados básicos para a sobrevivência do brasileiro.

O preço da cesta básica muda em cada estado. Em São Paulo, a capital mais cara, ela custa R$ 761,19. O valor da cesta é equivalente a mais que a metade do salário mínimo em 11 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Na capital em que ela tem o menor preço, Aracaju ( R$ 524,99), ainda representa 43% do salário mínimo.

A pressão dos preços sobre itens da cesta básica acaba diminuindo o poder de compra dos brasileiros e fazendo com que as famílias gastem uma parte muito maior de suas rendas apenas com alimentação, explica Patrícia Campos, supervisora da área de preços do Dieese .

Além disso, ela acontece em um momento em que as pessoas perderam o emprego durante a pandemia e a economia tem fraca recuperação.

Apenas o arroz teve redução de valor no último ano. Mas mesmo essa queda reflete algo negativo. De acordo com a analista, ela acontece porque as famílias não estão conseguindo mais comprar arroz, pois tiveram que diminuir a quantidade de refeições por dia.

Fonte: G1

 

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