Na manhã desta segunda-feira (18) os estudante do curso Bacharelado Interdisciplinar em Saúde (BI) realizam manifestação em frente ao Centro de Ciências da Saúde (CCS) na UFRB em Santo Antônio de Jesus. Segundo eles, o curso de BI permite a entrada para os cursos oferecidos pela universidade. Porém, há uma turma composta por 100 alunos em busca de 30 vagas para o curso de medicina, fator que gera sérios problemas para os alunos. “Temos muitos objetivos para a Universidade, mas nesse caso é pauta única. Estamos reivindicando o processo de entrada para medicina. Ocorreu evasão muito grande, os estudantes dentro da universidade começaram a adoecer pelo processo que eles colocaram a gente, uma sala com 100 alunos disputando por 30 vagas, um se tornando inimigo do outro, querendo passar por cima do outro”, disse uma aluna que preferiu não se identificar. Para entrar no curso é preciso ter o maior escore e isso faz com que os estudantes renunciem muitas coisas para alcançar tal objetivo. “Não podemos participar de projetos, pegar as matérias que queremos porque estamos focadas naquilo que nos garante maior nota para entrar no curso de medicina. Essa manifestação é para que o reitor venha aqui, pois o CCS é um centro esquecido, o reitor nunca veio aqui. Queremos que ele enxergue o que está acontecendo, pois muita gente desistiu, minha turma era de 100 hoje tem 54 alunos”, pontuou. De acordo com a aluna, o objetivos dessa manifestação é que a universidade feche a entrada do Sisu e priorize as turmas do próprio campus que já existe desde 2014. Ela explica que já houve tentativas de acordo com a direção, mas não obteve resposta. Agora, visam chamar atenção do reitor que, segundo ela, nunca compareceu ao CCS. “A universidade tem condições de absorver todos esses alunos, mas os diretores fingem que não estão vendo isso acontecer.Não é a primeira vez que chamamos o reitor pra vir, fomos até Cruz das Almas e não tivemos nenhuma resposta. Quando falamos da proposta que temos que eles fechem a vaga do Sisu e priorize quem já estava na faculdade, eles disseram que iam tentar, ou seja, existe uma forma legal deles entrarem, o que não existe é vontade para fazer isso. A gente não aguenta mais viver assim e queremos mesmo a presença do reitor”, salientou.
Jéssica Oliveira/Blog do Valente
