SAJ: Baba Vítor fala sobre preconceitos com os adeptos do Candomblé

Em pleno século 21 ainda é visível o preconceito contra os praticantes de religiões de matrizes africanas (como o Candomblé, Umbanda, etc.). Por conta disso vem à tona o questionamento: Por que os adeptos dessas religiões e suas variações ainda são os mais atacados por conta de suas crenças?

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Para discutir sobre o assunto Hélio Alves ouviu Baba Vitor Carvalho, um dos representantes do Candomblé em Santo Antonio de Jesus, que inicialmente falou sobre o preconceito e a discriminação que esses religiosos enfrentam.

“São inúmeros preconceitos, nosso povo tem sido marginalizado, perseguido, as pessoas utilizam termos pejorativos, enfim, temos sido perseguidos, mas como sempre, na contrição dos nosso orixás – temos vencido todos esses preconceitos, todas essas barreiras”, disse.

Indagado pelo repórter Hélio Alves sobre a polêmica envolvendo candomblé e o termo “macumba”, Baba Vitor contou que existe diferença entre essas duas palavras: “Candomblé é nossa religião e macumba é um instrumento das nossas práticas religiosas”.

Em relação às oferendas e os sacrifícios de animais, Baba Vitor explicou que os candomblecistas cultuam todos os elementos da natureza, e todos os orixás tem suas oferendas, seus ritos e suas comidas. Acender velas, tomar banhos de descarrego, defumar a casa e fazer oferendas regulares para os orixás proporcionam mais sorte na vida, no amor, no trabalho e mais saúde.

Questionado sobre a forma de culto aos orixás, o Baba disse que tudo é realizado de forma orgânica para não degradar o meio ambiente: “Nós utilizamos água, folha, fogo, terra, etc. Todos os nossos cultos são feitos com elementos da natureza.”

Por fim, Baba Vitor que participou da V Semana Acadêmica da Facemp, agradeceu a oportunidade de estar pela primeira vez numa instituição de ensino privada debatendo com futuros advogados, juízes e promotores, um assunto tão importante que é o respeito das pessoas para com os representantes do candomblé e de outras religiões de matrizes africanas.

 

Fonte: Tribuna do Recôncavo.



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