Guilherme, segundo colegas, teria se jogado do prédio onde morava após receber duras críticas durante a apresentação do TCC.
O estudante, segundo colegas, teria se jogado do prédio onde morava após receber duras críticas durante a apresentação do TCC. A Faculdade onde Guilherme estudava emitiu uma nota de esclarecimentos.
A situação traz à tona uma discussão sobre as cobranças da sociedade e universidades pelo diploma, nota máxima, apresentações perfeitas, que nem sempre traduzem o potencial do ser humano. Levantam também um questionamento sobre a forma de avaliação das bancas de TCC’s nas instituições de ensino público e privado, que muitas vezes expõem alunos a humilhações numa roda de donos do saber.
Por que os feedbacks (principalmente os negativos) não podem ser dados de forma individual e restrita ao aluno? Por que o trabalho de conclusão de um curso tem que ser transformado num julgamento para decidir se aluno vai ser sentenciado como capaz ou incapaz, burro ou inteligente perante uma bancada?
Será que não existem outras formas de avaliar sem constranger? Aos que conseguem parabéns, todas as honras e glórias, e aos que não conseguem, qual o apoio psicológico?
Os grandes casos de sucesso no mundo empresarial, na comunicação e até mesmo no direito mostram que nem sempre os grandes exemplos foram donos de grandes notas ou apresentações, alguns nem passaram por renomadas faculdades.
Quando será que vamos aprender que não podemos medir ou ter audácia de querer traçar o futuro de alguém pela nossa avaliação ou julgamento sobre a capacidade do outro?
Quantos alunos não se mataram, mas mataram seus sonhos por conta de palavras duras dos donos do saber que nada sabem sobre empatia e humanidade.
Por Léo Valente
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